sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Surf e sustentabilidade

Catharina Apolinario
O I Treinamento e Workshop das Escolas de Surf do Guarujá, que aconteceu nos dias 23 e 24 de setembro, abordou em seu segundo dia de palestras temas de extrema importância como meio ambiente, segurança e didática de ensino para perfis diferentes de alunos.

A Secretaria do meio Ambiente, representada pela coordenadora da Agenda 21, Andreia Estrela, levou ao evento informações sobre consumo consciente, prejuízos ambientais nas regiões costeiras e Agenda 21 local, além de realizarem uma dança indígena circular.

Para Estrela, os surfistas têm papel fundamental no cenário ambiental pelo constante contato com a natureza. “Essas pessoas estão ligadas diretamente com os mares, praias e oceanos. Eles já possuem uma consciência desperta, uma sensibilidade, permitindo que identifiquem, muito mais rápido do que muitas instituições que estudam o meio ambiente, a mudança do oceano. Desta forma trazem indicadores da saúde ambiental do mar monitorando a qualidade daquele ecossistema. Os surfistas têm um conhecimento que precisa ser compartilhado", ressaltou Estrela.

A coordenadora reuniu os alunos por escola e propôs que cada uma apresentasse propostas de como os surfistas podem auxiliar na sustentabilidade local. Ao final, estrela marcou com as escolas e com a AESG uma reunião para construção de uma Agenda 21 voltada para o surf.

Para Andreia Santos de Melo, surfista e professora da escola do Nativo, a consciência ambiental deve estar presente na vida dos surfistas. “A união surf e meio ambiente deve acontecer já que os surfistas estão em contato constante com a natureza, usufruindo da beleza e dos recursos oferecidos por ela.”

Andreia afirma ainda que muitos surfistas não tem esta consciência. “É preciso que todos tenham a consciência, realizando, além de ações conjuntas, sua ação individual no dia a dia. Precisamos de um forte trabalho do poder público para conscientização voltado para os surfistas e mais investimento das marcas de surf em ações de preservação e sustentabilidade", apontou Andrea, que atua há bastante tempo do esporte.

As atletas Carolina, Isabela e Patrícia, professoras de surf na Escola Pública de Surf, abordaram o tema “A importância da mulher no surf”, apresentando um pouco da história da mulher no esporte e sua atuação como profissional do surf. O professor Pajy trouxe à tona a necessidade de se avaliar os alunos e as características que um bom professor de surf deve ter para garantir a segurança dos alunos e aulas criativas. Pajy passou aos alunos leituras importantes para aqueles que desejam se especializar em aulas de surf.

Para finalizar a atividade, os soldados Cruz e Nery, do 17° Grupo de Bombeiros do Estado de São Paulo, explanaram sobre segurança nas praias, correntes marinhas e sobre a importância do Salva-surf. Ao final os alunos do curso puderam agendar a aula prática de salvamento, que acontecerá na próxima semana.

Catharina Apolinário - Coordenadora de Comunicação NJA

Áreas verdes em Santos

O NJA esteve presente na reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano de Santos (CMDU), dia 23, quando foi apresentado o Plano de Arborização para a cidade, dentro das atividades do programa Município Azul e Verde, do Estado de São Paulo.

Um dos maiores problemas, conforme os relatos da prefeitura, é a falta de consciência de parte da população que depreda as árvores de diversas formas, desde a simples colocação de placas até o anelamento, que consiste em fazer uma poda superficial da camada do tronco em torno na árvore, impedimento a chegada de nutrientes às raízes, levando a espécie à morte. Conforme dados da prefeitura, mais de mil mudas são perdidas por vandalismo.

Por hora, a prefeitura apresentou as diretrizes do plano, com objetivos e sugestões de mudanças como a possibilidade de compensação ambiental de empreendimentos em áreas públicas e privadas e ainda a possibilidade de o munícipe realizar a poda de árvore em frente a sua residência, com autorização da prefeitura através de ofício.

Vale lembrar que estudo recente da Universidade Santa Cecília (Unisanta) apontou um desequilíbrio de áreas verdes na cidade. Enquanto os morros chegam a 18 metros quadrados de área verde por habitante, o Campo Grande tem menos que 0,8.

sábado, 19 de setembro de 2009

Roda de Conversa com a SOSMA

A roda de conversa no caminhão da exposição itinerante da SOS Mata Atlântica, que ocorreu ontem (18), na Plataforma do Emissário Submarino, em Santos, reuniu desde representantes do poder público, como o assessor do secretário de Meio Ambiente, Joarez Ramos da Silva, vereador Fabião Nunes, o coordenador dos parques Aquário e Orquidário, Marco Antônio Francisco, Fabio Motta, do SOSMA, Tatiana Neves, do projeto Albatroz, Luz Fernández, coordenadora de formação do NJA, e o segmento acadêmico, com Dênis Abessa, da Unesp SV, e Roberto Borges, da Unisanta, Paulo Garreta, UniSantos, até cidadãos interessados.

Entre muitos tópicos abordados, falou-se sobre as consequências da falta de planejamento a longo prazo para o gerenciamento dos dejetos. Desde sempre, a postura foi a de reação a problemas, como lembrou Abessa citando o exemplo da construção dos Canais de Santos, há 100 anos, com o intuito de dirimir a expansão de doenças contagiosas.

Na opinião de Garreta, a opção pela construção de emissários só transfere o problema para a Zona Costeira, pois não sabemos quais as consequências de despejar o esgoto no mar, principalmente levando-se em conta que há os rejeitos de hospitais, oficinas mecânicas, entre outros tipos de estabelecimentos que aumentam a toxidade dos rejeitos da cidade no sistema de esgoto urbano.

Há uma pressão sobre as praias da região e da cidade, por conta de vários fatores, entre eles a explosão imobiliária e as substâncias químicas provenientes da dragagem de aprofundamento do Canal do Estuário e a água de lastro (que traz espécies exóticas à costa, além de substâncias tóxicas, conforme estudos apresentados no Meeting Vida Marinha).

Em tempos de revisão de plano diretor, destacado pelo assessor da secretaria de Meio Ambiente, o momento é de participação popular para uma cidade com mais qualidade de vida. Por outro lado, Borges, da Unisanta, apontou que vivemos uma crise de identidade vocacional. Não sabemos mais se nossa vocação é Porto, Turismo, Petróleo. Falando em Petróleo, Fabião chamou a atenção para o ufanismo que vivemos na região, com a descoberta do pré-sal, afirmando que estamos na contramão do mundo, que busca formas de energias renováveis.

As atividades da exposição itinerante continuam no Emissário até domingo, às 16 horas, com ações de educação ambiental, informação sobre os programas da SOS Mata Atlântica e Projeto Albatroz.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Agenda

O NJA abriu o Seminário Meio Ambiente e Cidadania, na UniSantos, com a apresentação das ações e programas mais recentes. O abaixo-assinado para a CoP-15 continua circulando para cobrar uma postura real e de compromisso com metas de redução de CO2 e outros GEEs durante a Conferência de Copenhague, em dezembro.

Nesta sexta-feira, às 15 horas, estaremos na Plataforma do Emissário Submarino, em Santos, prestigiando a roda de conversa sobre a qualidade das águas das praias, organizada pela SOS Mata Atlântica, como parte do fim de semana do Dia Mundial de Limpeza das Praias (Clean up the world).

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Palestra sobre o clima

O Núcleo de Jornalismo Ambiental (NJA) realiza a palestra "O que está acontecendo com o clima" no dia 3, às 19h30, na Escola Treinasse, em Santos. Representará o NJA a Coordenadora de Formação e Cultura Luz Fernández, falando sobre os impactos locais do aquecimento global. Na sequência, para apresentar a infuência da Amazônia no clima da região sudeste o NJA contará com Alba Rodrigues, consultora de projetos e ambientalista, natural de Rondônia.